domingo, 23 de dezembro de 2012

Nasce um Presidenciável

Joaquim Barbosa é realmente um herói? Me orgulho de sua carreira, pois ele é um vitorioso em um país de imensa desigualdade social. No julgamento do "Mensalão" nos deu alegria ao tomar decisões duras e fortes contra os acusados. Ele é merecedor de suas conquistas e tem feito o que a população sofrida de nosso país tanto espera que um magistrado da alta corte faça. Mas será que só isso basta? 

O fato é que mídia brasileira é uma grande fábrica de mitos e tratou de criar o nosso grande super-herói, o invencível, o bastião moral.

Não, isso não é preconceito meu. Apenas acho que Barbosa não pode ser comparado a Zumbi, grande símbolo da luta pelos direitos dos afrodescendentes. Ele não tem a importância de José do Patrocínio, líder do Movimento Abolicionista no Brasil. Está longe de ser como Henrique Dias, filho de escravo e responsável direto pela vitória na Batalha dos Guararapes.

São tanto pessoas importantes como o almirante João Cândido, um dos líderes da Revolta da Chibata, que consegui abolir as penas de açoite aos marinheiros. Talvez alguém se lembre daquela aula de história que o professor falou da Revolta da Balaiada, que teve como líder o Mulato Cosme.

Para chamá-lo de herói, é preciso tenha em seu currículo ações significativas como as de Aleijadinho, ou de André Rebouças, o profeta da Democracia Rural Brasileira. Que influencie gerações como nosso grande e imortal escritor Machado de Assis. Que até mesmo possa parar um guerra para que vejam suas habilidades, como fez Pelé.

Por fim, desejo que ele se torne de fato esse herói que o povo brasileiro precisa. O herói daquelas pessoas que tem o costume de esquecer seus heróis. Espero que não faça como eles, que se lembre de quem já fez história, e principalmente dos heróis anônimos, como sua mãe e a maioria da população.

Que ele jamais se esqueça que justiça não é um favor e nem mesmo um ato sobrenatural e nos faça crer que o heroísmo nacional não faliu.

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